New York, New York!

 

NYC me aborreceu à primeira vista: época das festas de final de ano cidade lotada de turistas, frio demais, tempo ruim, trânsito caótico, ruas sujas, policiais descorteses e a feiura do inverno sem neve que transforma a cidade na floresta de espinhos da Bela Adormecida. Senti frustração porque esperava entrar no belo primeiro mundo. 

Mas a cidade viva, vibrante, da qual todos falam, começou a se desnudar para mim; dia após dia começou a me mostrar coisas interessantes e encantadoras, me fez perceber que “fechando o plano” minhas fotografias podiam ficar bonitas e instigantes; me proporcionou a oportunidade de encontrar “estranhos” educados, sorridentes, cheios de boa vontade, ver lugares que eu conhecia dos filmes, cruzar com um ou dois famosos, olhar Manhattan das alturas dentro de 1950 (Empire State) ou a partir de 2024 (Edge), ver esculturas sensacionais nas calçadas, entrar em bibliotecas que me tiraram o fôlego, visitar museus “fora da caixa”, ver as espetaculares casas germinadas do Brooklyn, experimentar pequenos regalos, como um vinho, um pedaço de queijo, pão italiano... ver o teto estrelado da Central Station, caminhar no meio de dinossauros, conhecer uma livraria café absolutamente fascinante, atravessar a ilha de Manhattan a pé, de norte a sul pela sensacional Broadway Street, descansar sob a sombra da Ponte do Brooklyn e atravessá-la sob a magia da chuva, caminhar por muitos dos bairros que eu conhecia pela literatura! Uau... eu vi muitos lugares e coisas legais e... o Memorial 11 de Setembro, me comoveu! 

NYC se redimiu inteiramente, mostrou que é um organismo vivo, com defeitos e virtudes, uma cidade excitante, cheia de surpresas... um estado de espírito... e no final, me conquistou! 

É verdade que voltei para casa com uma pneumonia (ar condicionado/filtros duvidosos), mas mesmo assim, foi bom demais, eu me diverti. 

Agora, preciso retornar numa estação mais colorida, para descobrir mais encantos em grandes caminhadas e nova sessão de fotos!