Diogo Arrais
@diogoarrais
Professor de Língua Portuguesa
Autor Gramatical pela Editora Saraiva
Você conhece alguém com um nome esdrúxulo, como Abc Lopes, Benvindo o Dia do Meu Nascimento Cardoso, Céu Azul do Céu Poente, Um Mesmo de Almeida? Desde 1973, passaram a ser proibidos pela Lei Federal dos Registros Públicos nomes que exponham ao ridículo ou a situações humilhantes.
Apesar da sensata norma, aponta Júlio César da Assunção que desde a Roma Antiga já se utilizavam apelidos, como: "Ciprião, o Africano", "Catão, o Velho", "Plínio, o Moço" - justamente como artifício para diferenciar indivíduos com o mesmo nome. Com o tempo, alguns apelidos acabaram se incorporando aos sobrenomes.
Em se tratando de apelidos, talvez os mais famosos sejam "Fulano", "Beltrano" e "Sicrano" (já que "ciclano" é nome da Química, que corresponde a um hidrocarboneto saturado cíclico) .
Fulano vem do árabe "fulân" (tal). No espanhol do século XIII, fulano era usado como adjetivo, mas depois se tornou o substantivo que designa um indivíduo não identificado. Beltrano provém do nome próprio Beltrão, muito popular na Península Ibérica, por causa das novelas de cavalaria. A terminação em "ano" surgiu por analogia com Fulano. Para os etimologistas, Sicrano tem origem desconhecida.
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